O DESCOBRIMENTO
EDUARDO GALEANO
domingo, 4 de junho de 2023
sexta-feira, 2 de julho de 2021
Notícias de Guevara * Antonio Cabral Filho / RJ
Notícias de Guevara
Coluna CONTRAPONTO
1952 - Gaia Gomes era diretor artístico da Rádio América de São Paulo. David How trabalhava com ele. Uma tarde entrou lá um rapaz de cabelos negros, olhos grandes, esbugalhados, bigode ralo e barbicha fina.
Argentino, trazia para Gaia uma carta de apresentação de Alberto Castilho, médico e cantor de tango em Buenos Aires. Não queria emprego. Também era médico, estava precisando de uma passagem para a Guatemala, onde pretendia ajudar o governo revolucionário de Jacobo Arbenz.
Gaia e David fizeram uma "vaquinha" na rádio e compraram a passagem. Nos dias que passou em São Paulo, o rapaz de bigode ralo conheceu o deputado Coutinho (creio que Julio), paulista de Rio Preto, autor do segundo projeto de reforma agrária apresentado no congresso ( o primeiro foi de Nestor Duarte).
Com a passagem e o projeto, o rapaz de barbicha fina embarcou para a Guatemala. Lá, acabou trabalhando no Instituto Nacional de Reforma Agrária e aplicando os ideais do deputado Coutinho. Em 1954, um golpe militar, montado nos Estados Unidos e dirigido pelo Coronel Castillo Armas, derrubou o governo de Arbenz. O rapaz de cabelos negros fugiu para o México.
Em 1958, ele apareceu em Cuba, na Sierra Maestra, ao lado de Fidel Castro e Camilo Cienfuegos. Derrubado o ditador Batista, o rapaz de olhos grandes, esbugalhados, implantou a reforma agrária em Cuba, baseado no projeto do deputado Coutinho, paulista de Rio Preto.
O rapaz chamava-se Ernesto "Chê" Guevara.
Sebastião Nery
*
sábado, 22 de maio de 2021
Jesus Santrich * Amauri Rodrigues / Col
“SANTRICH, ESCRITOR, POETA, MÚSICO Y REVOLUCIONARIO”
SANTRICH, ESCRITOR, POETA, MÚSICO Y REVOLUCIONARIO
Camaradas, confirmada la muerte de Santrich, algunas reflexiones:
1. Sin lugar a dudas, Santrich fue un revolucionario de los pies a la cabeza;
2. Murió por lo que luchó sin romper la coherencia entre su vida y su muerte;
3. Fue un invidente que miró más y mejor que nosotros porque él miraba con los ojos del alma;
4. Santrich fue el Leandro Díaz de la Revolución;
5. Fue un hombre multifacético: escritor, poeta, pintor, músico y revolucionario;
6. Fue uno de los arquitectos del Acuerdo de Paz en La Habana. Cuando las aguas a través del tiempo se decanten, se conocerá el gran aporte de Santrich al Acuerdo de La Habana;
7. Parece contradictorio pero no lo es, que siendo uno de los que más aportó a la firma del Acuerdo, haya dejado todo tirado y se haya ido llevándose consigo únicamente sus convicciones de revolucionario y su bastón de invidente;
8. Se fue porque El Estado, el gobierno de Duque y los gringos intentaron asesinarlo moralmente por medio de un montaje, y lo hizo para salvar el Proceso de Paz y al mismo tiempo evitar morir encarcelado, humillado, calumniado y su dignidad pisoteada en los Estados Unidos de América;
9. El montaje fue para “hacer trizas” el Proceso de Paz mostrándole al país y al mundo que El Estado colombiano en cabeza del presidente Santos había pactado La Paz no con una organización revolucionaria inspirada en ideales políticos sino con una organización narcotraficante;
10. La burguesía era consciente que en El Parlamento no podría resistir la luz deslumbrante de su inteligencia y mucho menos el fuego destructor de sus palabras;
11. Santrich ha muerto para vivir en la inmortalidad. Su fisonomía, su risa, su bastón, su bufanda al cuello, las notas musicales de su saxofón, su dulzaina, su flauta, sus pinturas, sus caricaturas llenas de sátiras y contenido social..., junto con sus ideas transformadoras y humanitaristas quedaron ancladas para siempre en la mente y el corazón de todos/as los que lo conocieron. Y lo más importante, seguirán dando frutos convertidas en fuego eterno y combustible para la acción.
Honor a su memoria.
ETCR: “Amaury Rodríguez “.
Pondores. Fonseca-Guajira.
22 de mayo de 2021.
segunda-feira, 3 de maio de 2021
1º DE MAIO EM POESIA * Maiakovskilândia
1º DE MAIO EM POESIA
Havana/Cuba, 1º de Maio 2021
FESTEJO
-Autoria ignorada-
Foi num primeiro de maio,
na cidade de Rio Grande.
O céu estava sem nuvens.
O mês das flores nascia.
O vento lembrava as flores
no perfume que trazia.
O povo reuniu-se em festa
pois a festa era do povo.
Crianças, homens, mulheres,
o povo unido cantava.
O povo simples da rua,
comovido se abraçava.
O mês das flores nascia
e o vento lembrava as flores
no perfume que trazia.
Foi num primeiro de maio,
de pensamento profundo.
“Uni-vos, ó proletários,
ó povos de todo o mundo”.
Unido estava em Rio Grande,
o povo simples cantando,
No peito de cada homem
uma esperança se abria.
Em qualquer parte do mundo
uma estrela respondia.
Era primeiro de maio
dia da festa do mundo.
O velho parque esquecido
tinha um ar claro e risonho.
Germinava no seu peito
o calor de um novo sonho.
Misturavam-se cantigas,
frases, risos, alegrias.
No peito de cada homem,
um clarão aparecia.
Surgiam jogos e prendas,
hinos subiam ao ar.
Em cada grupo uma história
alguém queria contar.
A tecelã Angelina,
vivaz e alegre cantava,
Recchia - o líder operário
ria e confraternizava.
Era primeiro de maio,
dia de festa do mundo.
Foi quando a voz calma e séria,
no velho parque vibrou,
e um convite alvissareiro
o povo unido escutou:
“Amigos, a rua é larga.
Unidos vamos partir.
A nossa ‘União Operária’
nós hoje vamos abrir.”
No peito de cada homem
Um clarão aparecia.
Em qualquer parte do mundo,
uma estrela respondia.
“A casa de nossa classe,
fechada por que razão?
Amigos, vamos à rua,
e as portas se abrirão.”
A onda humana agitou-se,
Cresceu em intensidade .
Em coro as vozes subiram
clamando por liberdade.
“Á rua,à rua, sem medo,
unidos, vamos marchar.”
Foi como se uma rajada
De vento encrespasse o mar.
(Primeiro de Maio, 1954)
1º de Maio
Eu sou o trabalho
Que transformou em Homem
O fraco macaco;
Criou a imaginação
Concretizada pela mão
A ideia antes da obra
Raciocínio posto à prova;
Reescrever a natureza
À outra forma e semelhança
Eu sou o trabalho
Que criou o solidário
Processo de produção
Cada ser, um irmão;
De cada um, a capacidade
Para cada um, a necessidade
No dom da felicidade
De viver em união
Crescente evolução
Eu sou o trabalho
Que reduziu o Homem
A reles operário
De vazio abdômen
No arroto do patrão
Eu sou o trabalho
Que foi apropriado
Por uma classe parasita
Num mundo alienado
De sua própria
Humanidade
Hamilton Antunes/AP
*APLICA PARA CUALQUIER PAÍS EN LATINOAMÉRICA Y MÁS ALLÁ*
I
CONSTRUCTORA DE UN PAIS.
SIEMPRE ES MENOSPRECIADA.
POR EL PATRON PISOTEADA.
VIVE UN TIEMPO OSCURO GRIS.
AUNQUE MUCHOS PIENSEN MIS.
VERSACIONES AHORA.
SON DE UN RESENTIDO,
AÑORA.
TENGA EL MAS ALTO SITIAL.
POR SIEMPRE A NIVEL MUNDIAL
LA CLASE TRABAJADORA.
II
SALARIOS Y PRESTACIONES.
SOCIALES VAN POR EL PISO.
NO SE ASUME UN COMPROMISO.
PATRIO SIN FALSAS PASIONES.
SE VEN NEFASTAS ACCIONES.
DE QUIEN MANDA SIN DEMORA
SIENTE LA MANO OPRESORA.
IGUAL DE EMPRESA PRIVADA
LUCE, MAL HIPOTECADA.
LA CLASE TRABAJADORA.
III
LAS ABEJAS TRABAJANDO.
ESTAN EN FORMA ABSOLUTA.
EL ZANGANO ES QUIEN DISFRUTA.
MAL, DE ESE ESFUERZO ROBANDO.
LA ABEJA REINA VA DANDO.
TODO, SUEÑA CON LA AURORA.
DEL BIEN COLECTIVO, EN MORA.
SE QUEDA POR LA MALDAD.
ASI PADECE EN VERDAD.
LA CLASE TRABAJADORA.
IV
LA PATRIA ES LA REINA ABEJA.
LAS ABEJAS SON OBREROS.
LOS DOCTORES, CARPINTEROS.
Y EL MAESTRO QUE ACONSEJA.
QUISIERA VER TRAS LA REJA.
A LA MANO INQUISIDORA.
FATALISTA, EXPOLIADORA.
DEL ZANGANO EN EL FUTURO.
APLAUDAMOS FIRME Y DURO.
LA CLASE TRABAJADORA.
AUTOR: ERNESTO JOAN DA SILVA TINEO.
"EL CICLÓN DE MARGARITA" VENEZUELA 🇻🇪
IDEA Y CONCEPTO:
SALOMON MORENO.
"EL SABIO SALOMÓN" PANAMÁ
Causa e solução
(Pedro Laurentino)
Procuro um adjetivo
para dirigir-te operário.
Prezado? Senhor? Meu caro?
Camarada? Parceiro? Irmão?
Todas elas têm sentido
cada qual mostra um pedaço
um conceito, um retrato
daquilo que trago ao peito
(és pião, és torre e bispo).
Procuro um adjetivo,
mas a tua classe, operário,
é a dos substantivos.
Mais concreto impossível.
Tu és causa e solução,
sujeito oculto e visível,
que não conheço, mas acho
lá nas entranhas das mãos
.
Te encontro em minha morada,
na rua, no bar, na mesa
no que ando, no que assisto
no que voo, no que visto,
embora nem sempre eu veja
Levas o mundo nas costas
e o mundo as costas te deu
És indagação e resposta
da palavra que não morreu.
És causa e solução, mercado e revolução.
Quando só é explorado;
quando juntos, é explosão.
Opera, operário! É primeiro de Maio!
Desperta, operário! Teu dia chegou!
Um braço, outro braço, milhares de braços
um dia esses braços dirão não senhor!
Salve a classe trabalhadora!
Primeiro de maio a data
Desta classe proletária
A história nos relata
Toda saga libertária
Contruir de consciência
Em toda sua existência
De tudo ser produtora
Ante todos os impasses
Milenar luta de classes
A gente trabalhadora
Allan Sales/PE
No poema que hoje trago
Eu mostro a luta eficaz
Que começou em Chicago
A muitos anos a trás
Uma luta iniciada
Pra redução de jornada
De 13 pra oito horas
Vimos algumas conquistas
E os direitos trabalhistas
Obtiveram melhoras
Foi em 1886 o ano
Trabalhadores sedentos
Todos com o mesmo plano
Até que surtiu efeitos
A luta pelos direitos
E essas lutas permaneces
E que mais vitórias venham
E que os trabalhadores tenham
O respeito que merecem
Poeta Francisco Damião
Hoje é 1° de Maio
Dia do Trabalhador
Que labuta dia a dia
Ciente do seu valor
Mesmo com salário injusto
De um sistema explorador.
*Theo Netto*
*01/05/2021* *Santo Antônio/RN*
Colaboração do Barbosa Neto:
"No dia primeiro de Maio
Eu sempre me atrapalho.
Se é dia de descanso
Ou se é dia de trabalho!"
-autoria desconhecida-
Pegando a deixa de Theo Netto
Maio que se inicia
Com a festa fraternal
Duma classe laboral
De quem sugam mais valia
Operário e a burguesia
Num embate aterrador
Onde estado é feitor
Pra baixar da gente o custo
Vive com salário injusto
Num sistema explorador
ALLAN SALES/PE
1º DE MAIO EM TROVAS
Abnegado trovador,
contribui e quebra o galho,
versejando com amor.
Rogério Marques/Rj
O trovador que labuta
não tem tempo pra besteira,
fica pensando na fruta
desta jabuticabeira.
Rogerio Marques/RJ
Desta jabuticabeira
do tronco os frutinhos
guardo na algibeira
para fazer bons vinhos
Luzia Lina-BH-MG
É para fazer bons vinhos
que alegram o coração
que reunimos vizinhos:
labuta do meu rincao!
(Elias Pescador SP-SP)
Desta jabuticabeira
no tronco vejo os frutinhos,
então guardo na algibeira,
e é para fazer bons vinhos...
(Luzia Lina BH-MG)
E é para fazer bons vinhos
e brindar com emoção,
dar e receber beijinhos
fervidos no coração.
Luzia Anália - Caicó RN
Fervidos no coração,
pedaços do bom caminho,
que se traça com emoção,
lá no especial cantinho.
Rogério Marques/RJ
Lá, no especial cantinho
onde fervilha o amor,
brotam gotas de carinho
regadas por beija-flor.
Lucy Almeida AL
Regadas por beija flor
Que agradável visão
Imagem de muita cor
Partindo em aluvião
Ara
Regadas por beija- flor
Que agradável visão
Imagem de muita cor
Voando pela amplidão
Ara
Voando pela amplidão
De cima vejo o caminho
trabalho e solidão
cansado sigo sozinho!
Dilercy Adler/MA
Cansado sigo sozinho
Nesta vida de operário.
Despesas em desalinho;
No bolso, pouco salário.
Wanda Cunha/MA
No bolso pouco salário,
no coração muito sonho,
tenho que cumprir horário
e o meu patrão é medonho!
Dilercy Adler/MA
O meu patrão é medonho,
não pensa no servidor ,
mesmo que a meta, proponho,
de trabalhar com amor.
Rogério Marques RJ
Dia do trabalhador
Neste primeiro de maio
Vou festejar com louvor
Porque senão eu desmaio
Ara
Porque senão eu desmaio
porém, nada me domina.
E do meu rumo não saio
Vou cumprindo minha sina.
Luzia Anália - Caicó RN
Vou cumprindo minha sina
Como bom.trabalhador
A trova é que nos ensina
Rimar pra ter mais valor
Ara
Rimar pra ter mais valor,
respeitar ritmo e rimar,
trovar como encantador:
quero além mar alcançar!
Adriano de Alvarenga Azevedo RJ Brasil
***
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